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sábado, 25 de junho de 2011

EXPLORAÇÃO

Contra a Exploração


A relação especial do homem com Deus deve servir como base que orienta o comportamento humano em todos os aspectos. A reverência e amor para com Deus é o fundamento e principal motivo da obediência por parte das criaturas. Mas as implicações deste relacionamento não param aqui. Especialmente nas instruções que Deus deu aos israelitas em Levítico 25, observamos como este relacionamento com o Criador governa a conduta dos homens em relação à criação, também. Como sabemos, o ponto não é de guardar as mesmas regras, que com certeza não fazem parte da nova aliança. Mas vamos observar os argumentos que Deus usou para explicar algumas exigências que ele fez aos hebreus:

– Não explore o próximo, pois todos pertencem a Deus (Levítico 25:17). É exatamente o princípio aplicado no Novo Testamento quando Paulo ensina aos presbíteros sobre os cuidados da igreja que pertence a Deus (Atos 20:28) e quando adverte a todos sobre a cautela necessária na edificação da igreja, que é o santuário de Deus (1 Coríntios 3:16-17). Tiago usa o mesmo conceito para nos instruir sobre domínio da língua (Tiago 3:9-10). Em termos mais abrangentes, João vincula o amor ao próximo e o amor a Deus (1 João 4:20-21). Devemos respeitar ao próximo, pois Deus o criou!
– Não explore a terra, pois ela pertence a Deus (Levítico 25:23-24). Neste capítulo, Deus ordenou um sábado a cada sete anos para deixar a terra descansar, e um jubileu a cada 50 anos que daria dois anos seguidos de descanso para a terra. Alguns comentam aqui sobre o benefício destas práticas em termos da produtividade da terra. Da mesma forma que outras leis do Antigo Testamento protegiam a saúde e mantinham a higiene do povo, não deve nos surpreender que as leis sobre agricultura teriam benefícios nesta vida. Mas neste capítulo, dois outros motivos são destacados. Primeiro, Deus queria lembrar o povo que a terra pode ser usada pelo homem, mas que ela pertence a Deus: “...porque a terra é minha; pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos” (Levítico 25:23). Segundo, ele queria que o povo confiasse nele, mesmo quando fosse obrigado a passar um ou dois anos sem plantar nada (Levítico 25:20-22). Para o povo que já achou difícil confiar em Deus para não colher o maná no sétimo dia, imagine a dificuldade de passar um ou dois anos sem produção agrícola!
Não temos direito hoje de aplicar como lei as coisas do Antigo Testamento. Mas o nosso respeito para com o Criador não deve nos levar a respeitar também a criação? Não vamos ao extremo de idolatria ou exaltação indevida de homens nem da natureza, mas devemos evitar a exploração desenfreada da natureza e devemos tratar todos os homens com o amor verdadeiro.

Quando você olha ao redor para as pessoas e as coisas criadas por Deus, procure tratar todas elas de uma maneira agradável ao Criador.

–por Dennis Allan

Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/escb16_04.htm

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