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quinta-feira, 31 de março de 2011

Governo faz maior superávit para fevereiro dos últimos 10 anos

Economia para pagar juros chega a R$ 7,9 bilhões no mês, diz Banco Central


Klinger Portella, iG São Paulo

31/03/2011
 
O superávit primário – a economia que o governo faz para o pagamento dos juros da dívida - do setor público consolidado chegou a R$ 7,9 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2001, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central.




De acordo com a autoridade monetária, todos os segmentos do setor público tiveram resultados positivos no mês. A maior contribuição veio dos governos regionais, que fizeram superávit de R$ 4,7 bilhões. O governo central, por sua vez, teve saldo de R$ 2,5 bilhões, enquanto as empresas estatais chegaram a R$ 675 milhões.



“Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, destacaram-se os aumentos de R$ 3,2 bilhões e de R$ 1,6 bilhão nos superávits primários do governo central e dos governos regionais, respectivamente”, disse o Banco Central na nota de Política Fiscal.



No acumulado do ano, o superávit primário chegou a R$ 25,7 bilhões, o equivalente a 4,22% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é 0,7 ponto percentual maior que o observado em igual período do ano passado.



O superávit dos últimos 12 meses, por sua vez, chegou a R$ 108,1 bilhões (2,89% do PIB), em leve alta de 0,1 ponto frente ao montante acumulado até janeiro de 2011.



Resultado nominal



O resultado nominal – que considera o superávit primário e os juros nominais apropriados – encerrou fevereiro com déficit de R$ 11,2 bilhões. No ano, o saldo negativo é de R$ 12,7 bilhões – 2,09% do PIB. Em 12 meses, o déficit está em R$ 97,3 bilhões.



Em fevereiro, os juros nominais chegaram a R$ 19,1 bilhões, em leve baixa frente aos R$ 19,3 bilhões de janeiro.



No acumulado do ano, porém, o montante chegou a R$ 38,4 bilhões, contra R$ 28,4 bilhões dos dois primeiros meses de 2010. Segundo o Banco Central, os números foram “nfluenciados, parcialmente, pela elevação da taxa Selic acumulada no período”.

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